Obrigado, Pedro!
Pedro Sousa concluiu esta terça-feira a última participação da carreira no Millennium Estoril Open e despediu-se com uma ovação de pé no Estádio Millennium, que foi palco de duas das vitórias mais épicas daquele que se tornou num dos melhores tenistas portugueses da história.
Depois de duas vitórias emotivas na fase de qualificação, o lisboeta de 34 anos não resistiu à maior frescura física do jovem francês Luca Van Assche (18 anos e já número 91 mundial) e cedeu por 6-7(5), 6-3 e 6-1.
Num Court Cascais totalmente preenchido para o encontro que poderia assinalar a despedida, o público puxou por Pedro Sousa do início ao fim e ajudou o tenista lisboeta a lutar de igual para igual durante duas partidas com o francês, que em novembro conquistou o primeiro título Challenger em Portugal (na Maia) e este domingo adicionou mais um troféu ao palmarés ao vencer em Itália. Depois, o cansaço impediu-o de adicionar outro capítulo à última participação no torneio em que até este ano conseguiu o pleno de participações — oito em oito.
Entre os vários encontros que realizou, destacam-se a vitória por 6-3, 4-6 e 7-6(4) contra Gilles Simon na primeira ronda de 2018 e o duelo 100% luso com contornos épicos na segunda ronda contra João Sousa, no qual dispôs de dois match points antes de perder por 4-6, 7-6(1) e 7-5.
Nascido em Lisboa a 27 de maio de 1988, Pedro Sousa tornou-se profissional em 2007 e a partir daí construiu uma carreira que fez dele uma das maiores figuras do ténis em Portugal.
Sexto homem português a chegar ao top 100 do ranking ATP de singulares (entretanto já são sete), terceiro a jogar uma final individual ao mais alto nível (foi finalista do ATP 250 de Buenos Aires em fevereiro de 2020) e também terceiro a ir a jogo em singulares no quadro principal de uns Jogos Olímpicos (Tóquio 2021), foi convocado para representar Portugal em 19 eliminatórias da Taça Davis, atuou em 15 e terminou com registos de 10-5 em singulares e 3-0 em pares.